segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

QUEM TEM MEDO DA PIMENTOLÂNDIA?

O burburinho no bairro da Pimentolândia continua a todo vapor, apesar do nervoso prefeito Eraldo Pimenta ter usado várias vezes os microfones de sua rádio Regional para tentar explicar o inexplicável. Justificar o injustificável. Culpar quem não tem culpa alguma da confusão que ele arrumou. O prefeito parece que está amedrontado com a descoberta da fraude e de sua repercussão negativa entre os proprietários de terrenos na Pimentolândia, pois as dúvidas e incertezas no futuro do bairro continuam enormes. Os moradores e proprietários de terrenos ainda não sabem se serão indenizados ou apenas despejados quando a empresa que comprou todo bairro chegar para construir as tão faladas casas populares. A Prefeitura vai doar outros terrenos ou apenas expulsar os proprietários? Em quantos dias os moradores serão obrigados a sair de seus terrenos? Se houver indenização, quem vai pagar: Prefeitura, Caixa Econômica ou a Construtora Resecom? Quem possui terreno tem direito a uma casa popular, mesmo não se enquadrando no projeto? Quem possui muitos terrenos tem direito a muitas casas? Perguntas que até agora estão sem respostas por parte do prefeito Eraldo Pimenta, que prefere se esconder atrás dos microfones de sua rádio quando deveria convocar imediatamente uma reunião com moradores e proprietários de terrenos, junto com representantes da Caixa Econômica Federal e da Construtora Resecom, para esclarecer todas as dúvidas existentes. Pelo que se sabe até agora, o engenheiro chefe da CEF, Sr Canuto da Silva, informou que se encontrar, na vistoria técnica que irá fazer em breve, apenas e somente uma casa construída no bairro da Pimentolândia, que deveria estar vazio, o projeto Minha Casa, Minha Vida terá que encontrar outro terreno para ser implantado em Uruará. Quem tem terreno pra vender?
PIMENTOLÂNDIA: CADÊ OS VEREADORES DE URUARÁ?
O projeto de lei, enviado pelo prefeito Eraldo Pimenta, que solicitava a criação do Loteamento Pimentolândia foi aprovado pela Câmara Municipal de Uruará, em meados de setembro do ano passado, numa sessão secreta realizada na sala do presidente Gilmar Milanski, sem a presença do vereador Wladimir Lobato. Os vereadores presente na sessão sequer contestaram no projeto, a exceção do vereador Celino Marizeira, a antiguidade e povoação existente no bairro, a conhecida doação dos terrenos realizada pelo prefeito e a existência de muitas residências já construídas no local onde seria implantado o projeto habitacional Minha Casa, Minha Vida em Uruará. Se os vereadores tivessem o mínimo cuidado de pesquisar sobre a implantação do projeto ou, simplesmente, telefonassem para os gerentes da Caixa de Santarém/Altamira, descobririam que o MCMV só pode ser feito em áreas desabitadas e desocupadas, que o cadastramento das famílias é quase sempre feito pelas Prefeituras, mas a aprovação, seleção e entrega é sempre executada pela própria Caixa Econômica Federal. Agora os vereadores tem que socorrer os moradores da Pimentolândia.
Colaborado Julio Magno Batista