domingo, 29 de julho de 2012

Emater desenvolve projetos de empreendedorismo para jovens rurais em Uruará


Jovens com perfil para o empreendedorismo rural são o público-alvo de projetos que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) está desenvolvendo no município de Uruará, na região da Transamazônica (BR-230). A idéia é fixar o jovem na propriedade evitando o êxodo rural e promovendo a melhoria da qualidade de vida das famílias.
A experiência já tem apresentado bons resultados, como o registrado com Carlos Alberto Stroher, 18 anos, morador da vicinal 201 Sul. Ele é o primeiro beneficiado na região com os cerca de R$ 10 mil provenientes do do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) na modalidade Jovem, para o custeio de um aviário onde ele cria galinhas caipiras do tipo mistas. O empreendimento proporciona a comercialização das aves e de ovos, além de garantir a segurança alimentar da família.
A criação garante um retorno financeiro de 50%, mas, segundo a Emater é de fundamental importância que sejam utilizadas as técnicas de manejo adequadas, como a divisão do aviário por idade específica, o que gera um melhor rendimento da produção e agiliza no trato com os animais. Utilizando as técnicas adequadas às aves atingem três quilos em quatro meses, quando já estão prontas para o abate. A produção em escala já está sendo comercializada em supermercados e feiras da região. Entre as orientações de manejo oferecidas pela Emater também está a criação de uma ração alternativa para as aves, a fim de diminuir custos. Gastos com ração representam 70% dos custos totais com a criação de galinha.
Segundo Edjane Oliveira, as aves que passam por todo o processo sanitário são criadas no sistema semi extensivo, ou seja, permanecem em uma área cercada de tela onde tem acesso a vegetação e fruteiras, evitando o acesso ao lixo e a fezes de outros animais. “Nossa intenção é atrair outros jovens para o projeto, mesmo que seja com aptidões diferentes, como a criação de suínos ou cacauicultura”, disse Edjane Oliveira, médica veterinária da Emater.
Iolanda Lopes - Emater