quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Emprego: Altamira lidera a geração de vagas

O Pará teve saldo positivo de emprego em 2012, com a geração de 37.320 postos de trabalho com carteira assinada. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, registrou 376.641 admissões contra 339.321 demissões, no Estado, de janeiro a dezembro de 2012, representando 5,39% a mais do que em 2011. Altamira, na região do Xingu, onde está sendo construída a hidrelétrica de Belo Monte - uma das maiores frentes de trabalho da construção civil da atualidade, no Brasil - foi o município que mais gerou empregos, 10.554 (28,25%). Belém ficou em segundo lugar, com 9.846 novas vagas (26,38%). O saldo negativo do emprego ocorreu em 42 municípios - ou seja, 29% do total dos 143 municípios analisados - com destaque a Barcarena, na região do Tocantins, e Almerim, no Baixo Amazonas, que tiveram fechadas 1.215 (-3,26%) e 1.176 (-3,15%) vagas, respectivamente. Mesmo assim, o Pará lidera na geração de empregos na região Norte. O número de admitidos foi o maior verificado no Pará, nos últimos 20 anos. No entanto, o saldo do emprego, foi o quinto maior desse período, demonstrando que o desempenho na geração de empregos foi melhor do que a manutenção desses. Setores - O Mapa do Emprego, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com base em dados e metodologia do MTE, aponta que a maioria dos setores econômicos apresentou crescimento do emprego formal no ano passado, com destaque à construção civil, que teve saldo positivo de 12.245 vagas; seguido do comércio, de 11.993 postos; serviço, de 10.900 postos; extrativo mineral, de 1.681 postos; e agropecuária, de 1.392 postos. Porém, a indústria de transformação perdeu 763 vagas de trabalhos e o serviço de indústria e utilidade pública, perdeu 115 vagas. A análise foi feita em âmbito do Projeto do Observatório do Trabalho do Estado do Pará, realizado em parceria com a Secretaria de Estado de Trabalho, Emprego e Renda (Seter). Os estudos demonstram que houve crescimento do emprego formal em todo o Pará, entre janeiro e novembro do ano passado, mas ocorreu grande queda em dezembro não apenas no Estado, mas em todo o Brasil, devido a reflexos da crise econômica internacional sobre a economia. O interior do Estado respondeu por cerca de 67% das vagas de emprego geradas no Pará, em 2012, representando 25.117 dentre o saldo positivo de 37.320 postos de trabalho criados Estado, entre janeiro e dezembro. O Mapa do Emprego, do Dieese-PA, aponta que o município de Altamira respondeu, sozinho, por quase 1/3 das vagas de emprego, com desempenho equivalente a Belém, que continua sendo um das principais geradoras de empregos formais no Estado. Entretanto, 29% dos municípios paraenses sofreram retração do emprego. Em Altamira, ocorreram 23.974 admissões contra 13.430 desligamentos, gerando o saldo positivo de 10.544 postos de trabalho, o que representou 28,25% do saldo trabalhos gerados no Pará, durante todo o ano que passou. Em Belém, foram 115.693 admissões contra 105.847 desligamentos, gerando o saldo positivo de 9.846 postos, ou seja, 26,38% do total gerado no Pará, no mesmo período. Em terceiro lugar, aparece Parauapebas, no Carajás, com saldo positivo de 4.068. O município de Santarém, no Baixo Amazonas, conseguiu gerar mais empregos do que Ananindeua, na Região Metropolitana, pois obteve o saldo positivo de 1.971, enquanto Ananindeua teve 1.644. Apesar do bom desempenho de Altamira, o município de Uruará, situado na mesma região, não capitalizou a alta do emprego proporcionada pela construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. Uruará teve o 9º maior déficit de emprego, em 2012, com 108 vagas de trabalho extintas. No mesmo período, Barcarena foi o município que atingiu o pior resultado em 2012, com o saldo negativo de 1.215 postos de trabalhos; seguido de Almeirim, com -1.176. Como pode ser observado neste Estudo do Dieese-PA, mesmo com a forte queda observada no mês de dezembro de 2012, o Pará continua sendo o maior gerador de empregos formais entre os Estados da região Norte. A preocupação continua sendo com a qualificação profissional. Amazônia Jornal