sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Cooperativismo a única saída para micros e pequenos produtores de cacau em Uruara e região

Um novo exemplo: Central de cooperativas de produção de orgânicos da Transamazônica e do Xingu. No Brasil já existem 12 mil unidades de produção agroecológica, e deveremos chegar a 28
mil em 2015, conforme o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. No Norte, na Amazônia, a união de seis cooperativas, por exemplo, produzem e vendem amêndoas de cacau. E, interessante, os principais clientes dessa iniciativa é uma indústria brasileira de cosméticos e um fabricante austríaco de chocolates de luxo.
São 150 famílias nos municípios de Altamira, Anapu, Uruará, Medicilândia, Pacajá, Placas, Vitória do Xingu, e Brasil Novo, no Pará, com participação da OnG Fundação Viver e apoio da Agência Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), e da CEPLAC, Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira; a cooperativa se desenvolve em fundamentos de certificação orgânica, e comércio justo “fair trade”. O fato significativo está na qualidade do cacau da Amazônia, um dos melhores do mundo, com aroma e qualidade de alto valor.
O lado legal dessa notícia, além do empreendedorismo baseado em cooperativismo, é demonstrar a viabilidade de progredir dignamente na vida, pois muitos desses produtores no passado chegaram a atuar em madeireiras ilegais.
O cooperativismo é a única alternativa para viabilizar ética e dignamente os micros e pequenos produtores do país e essas especialidades, como desenvolver cacau amazônico, revela ser possível viabilizar famílias e criar novos negócios, onde antes as opções seriam apenas de insegurança e impossibilidades legais.